quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Ela e a chuva.

O tempo todo trancada num mundo irreal.
Descobriu que era tudo um "faz-de-conta".
Queria apenas quebrar as falsas paredes, mas estava fraca demais para gritar até que elas quebrassem..

Os sonhos andam cada vez mais reais, porque a vontade de viver outra vida é provocante.

Lá fora chove e isso é bom. Chuva a faz se sentir melhor. Porque a chuva não mente: não usa uma máscara de dia agradável. Quando chove as pessoas são quem elas são. E se não são, é bom pensar pelo menos que são apenas elas mesmas.

A água leva toda maquiagem embora.

Me assustei com o barulho do trovão e deixei o pote de tinta cair no chão. Sem tinta como pode um pintor se expressar?

Ela gosta do som da chuva. Ele é sempre o mesmo: barulhento, constante. O que muda sempre é a nossa sensação quando chove. Podemos sentir desespero ou calma. Depende. Depende do dia que ela vem. Apenas depende.

Não sei porque a chuva parece ser parecida com ela! Talvez porque o sol às vezes encha o saco. E nem todos os dias precisam ser felizes. Nem tristes também. Às vezes precisamos de dias que sejam apenas dias. Nem alegres, nem tristes. Apenas dias.

A chuva já está quase passando, mas ela não quer que acabe. Hoje é um dia que ela precisa de chuva. Apenas precisa.

Um comentário:

Marco Alcantara disse...

Valeu por sua visita e por nos seguir.

Abraço!