quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Dias de chuva..


..despertam em mim sentimentos que eu desconheço. Um eu distante do que vejo; distante do que gosto de ser. Um eu frágil demais para sobreviver em dias onde a frieza sobrepõem-se até mesmo aos raios de sol mais fortes, que queimam a pele.

Bate uma saudade de velhos tempos..das pessoas, coisas, momentos e estações que marcaram e que nunca vão voltar..
Ah, que saudade daquela fase onde o que importava mesmo era ser feliz. Onde o momento mais triste do dia era aquela manobra perfeita de skate que não saia. E que sentar-se na esquina com os amigos e uma garrafa de coca misturada com orloff nos trazia alegria!

Uma época onde gritos eram de histeria adolescente e não de ódio latente. Onde gemidos significavam prazer e não dor. Onde nos importávamos mais em ser do que em mostrar.

Queríamos mais do mundo naquela época. Tínhamos o sonho de transformá-lo. Tínhamos uma esperança inocente, e um brilho no olhar..um coração bom que batia no ritmo do rock : aventureiro e descompromissado.

E tudo era mais simples!

Hoje as pessoas me cobram sorrisos, amor e compromisso com uma luta sem sentido para mim.

Sim, eu ainda sinto falta daquele tempo em que eu era feliz e não sabia.


terça-feira, 3 de novembro de 2009

Me diga que há esperança. Me diga que existe alguém. Minta pra mim, se for o caso, mas diga que eu posso acreditar em final feliz.

Me dê um motivo. Algo que me faça caminhar até o fim da estrada. Invente um, caso o motivo não exista, mas me diga qualquer coisa que me motive a continuar.

Cante uma música. Uma que eu não lembre bem a letra, mas que eu cantarole antes de dormir. Improvise uma, se não existir nenhuma especial o bastante. Faça isso por mim antes que a lua se vá.

Sabe do que eu mais gosto? Sabe o que eu mais quero? Sabe o que eu pedi pra Deus?

Que bom seria ver o pôr-do-sol do lado do meu melhor amigo, sem ter que tentar ser alguém que eu não sou.

Isso Letícia, apenas Letícia.