..despertam em mim sentimentos que eu desconheço. Um eu distante do que vejo; distante do que gosto de ser. Um eu frágil demais para sobreviver em dias onde a frieza sobrepõem-se até mesmo aos raios de sol mais fortes, que queimam a pele.
Ah, que saudade daquela fase onde o que importava mesmo era ser feliz. Onde o momento mais triste do dia era aquela manobra perfeita de skate que não saia. E que sentar-se na esquina com os amigos e uma garrafa de coca misturada com orloff nos trazia alegria!
Uma época onde gritos eram de histeria adolescente e não de ódio latente. Onde gemidos significavam prazer e não dor. Onde nos importávamos mais em ser do que em mostrar.
Queríamos mais do mundo naquela época. Tínhamos o sonho de transformá-lo. Tínhamos uma esperança inocente, e um brilho no olhar..um coração bom que batia no ritmo do rock : aventureiro e descompromissado.
E tudo era mais simples!
Hoje as pessoas me cobram sorrisos, amor e compromisso com uma luta sem sentido para mim.
Sim, eu ainda sinto falta daquele tempo em que eu era feliz e não sabia.
